quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mês das Missões

Mês da Missões - 2010


Tema: Missão e Partilha

Lema: "Ouvi o Clamor do Meu Povo" (Ex 3,7b)


Dia Mundial das Missões – Coleta Mundial – 23 e 24 de outubro

A Campanha Missionária é promovida em todo o mundo pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), todo ano em outubro, Mês das Missões, culminando no Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo daquele mês). Neste dia, todo católico é motivado a dar sua oferta material para as Missões. A responsabilidade pelas Missões é de todos os batizados: "Anunciar o Evangelho não é para mim título de glória, é obrigação que me foi imposta. Ai de mim, se eu não evangelizar" (1Cor 9,16). A esta oferta está associada a formação e vivência missionárias, por meio de orações e sacrifícios oferecidos pelas Missões, como também com a entrega pessoal como missionário, por determinado período ou "ad vitam" (por toda a vida).

As necessidades da Igreja Católica em todo o mundo não param de crescer: constituição de novas dioceses; abertura de novos seminários, devido ao crescimento do número de jovens que acolhem o chamado de Cristo a segui-Lo como sacerdotes; regiões destruídas por guerras ou fenômenos naturais, que devem ser reconstruídas; regiões por longo tempo fechadas à evangelização, e que agora se abrem a ouvir a mensagem de Cristo e da Sua Igreja. É por isto que a cooperação dos católicos de todo o mundo é tão urgente e necessária.

Cerca de 1.100 dioceses de territórios de Missão (todo o Continente Africano e o Asiático, bem como a Oceania, parte da América Latina e alguns países da Europa Oriental) recebem regularmente ajuda financeira anual proveniente das doações dos fiéis. Estas dioceses apresentam à Congregação para a Evangelização dos Povos (Santa Sé) pedidos de ajuda, entre outras necessidades, para catequese, evangelização, seminários, trabalhos das comunidades religiosas, meios de comunicação e transporte, construção de capelas, igrejas, creches, orfanatos, escolas, asilos, ambulatórios médicos, etc. Estas necessidades são providas com as doações arrecadadas todo ano.

No Brasil

Anualmente as Pontifícias Obras Missionárias enviam a todas as dioceses do Brasil, para animar o Mês das Missões, vários subsídios: a Mensagem anual do Papa; santinhos com a Oração Missionária anual, folhetos informativos e com orações dos fiéis para as Missas dominicais do mês, cartaz de divulgação; livreto com Celebrações ou Novena, e o envelope para a doação pessoal na coleta do Dia Mundial das Missões. Além disto, para a animação missionária em geral, são realizadas visitas a seminários, participações de encontros de formação, congressos missionários e animação pelo Diretor Nacional e Secretários Nacionais de cada uma das obras missionárias pontifícias, a saber: Propagação da Fé, Infância e Adolescência Missionária, São Pedro Apóstolo e União Missionária.

Coleta

A Coleta feita no Brasil, todo ano, no Dia Mundial das Missões, é destinada ao Fundo Mundial de Solidariedade Missionária, sediado em Roma (Congregação para a Evangelização dos Povos). Com estes recursos são financiados projetos fundamentais para a Igreja em todo o mundo. Parte destes recursos são também destinados a projetos no Brasil.

Nos últimos anos, graças ao crescimento da coleta e generosidade do nosso povo, os recursos financeiros do Dia Mundial das Missões celebrado no Brasil têm ajudado projetos para outros países, dentre os quais, Índia, Ruanda, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, República Democrática do Congo, Malavi, Etiópia, Indonésia, Timor Leste, Filipinas e Equador: sinal e gesto concreto de nossa solidariedade universal.

A coleta, fruto da generosidade dos brasileiros, tem crescido cada ano, mas pode ser mais generosa: muito já recebemos, podemos agora "dar de nossa pobreza" (Puebla, 368). Para isto é necessário organizar a Campanha, e fazer chegar a todos o apelo à solidariedade universal.

O relatório da coleta é apresentado todos os anos ao Secretariado Internacional, publicado no boletim das POM (Serviço de Informação Missionáira/SIM) e disponibilizado no seu sítio na rede de computadores: www.pom.org.br.
Oração e anúncio

"A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe que mande operários para a Sua messe." Estas palavras de Jesus em Lucas 10,1ss continuam válidas. Depois de dois mil anos, a messe continua grande e, os operários, poucos. Há o clamor insistente de milhares de pessoas que querem conhecer Jesus, mas falta quem O anuncie. A colaboração material de cada cristão para as Missões possibilita o envio cada vez maior de missionários "ad gentes". É indispensável a oração insistente e lançar-se mar adentro a anunciar: "Rogate, ergo, et duc in altum!" (cf. Lc 5,4).

Nisto consiste o objetivo maior da Campanha Missionária do mês de outubro: despertar para a Missão todos os que dormem.

Motivação e conscientização

Desde 1926, com a instituição do Dia Mundial das Missões, pelo Papa Pio XI, intensificou-se em toda a Igreja, em todas as Igrejas particulares, o apelo a renovar e direcionar o próprio ardor e vida missionária para além das próprias fronteiras, em dimensão universal. Também a 5ª Conferência do Celam, realizada em Aparecida, SP, em maio de 2007, fez um forte apelo a que toda a Igreja, todos os batizados, se tornem discípulos-missionários de Jesus Cristo.

Para motivar e conscientizar, as Pontifícias Obras Missionárias cuidam de organizar e produzir subsídios para a Campanha de animação e cooperação missionária que se realiza todos os anos em outubro. O material é enviado, já no mês de junho, a todas as dioceses do Brasil.

A Campanha Missionária no Brasil costuma retomar a Campanha da Fraternidade (CF), dando-lhe roupagem missionária. A CF 2010 teve como tema Economia e Vida, e, como lema, "Vocês não Podem Servir a Deus e ao Dinheiro" (Mt 6,24c). Em sintonia, a CM 2010 tem como tema Missão e Partilha, e, como lema, "Ouvi o Clamor do Meu Povo" (Ex 3,7b).

Tudo isso, em continuidade com o 2° Congresso Missionário Nacional, realizado em Aparecida, SP, de 1° a 4 de maio de 2008, que teve como tema Do Brasil de Batizados ao Brasil de Discípulos-Missionários Sem-Fronteiras e, lema, Igreja no Brasil: Escuta, Segue e Anuncia; bem como com o 3° Congresso Missionário Americano (CAM 3–Comla 8), realizado em Quito (Equador), de 12 a 17 de agosto de 2008, com a participação de 130 delegados de nosso país. São propostas e eventos que nos estimulam incitam a novo vigor e ardor missionário.

O Dia Mundial das Missões, momento culminante da Campanha Missionária, é a ocasião da colaboração concreta de todos os católicos do mundo inteiro para com a Missão universal.

Dia Mundial das Missões

O Dia Mundial das Missões, organizado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), é o dia reservado aos católicos de todo o mundo para especial colaboração pessoal na ação missionária da Igreja, mediante contribuição financeira, oração e sacrifício.

Anualmente, o Dia Mundial das Missões é celebrado no penúltimo domingo de outubro. Nas palavras do Papa João Paulo II, "o Dia Mundial das Missões, orientado à sensibilização para a questão missionária, mas também para a coleta de fundos, constitui momento importante na vida da Igreja, porque ensina como dar a contribuição: na Celebração Eucarística, ou seja, como oferta a Deus, e para todas as Missões do mundo" (cf. Redemptoris Missio 81).

O Papa João Paulo II falou do Fundo Universal de ajuda da Obra da Propagação da Fé como um "fundo central de solidariedade". Em Mensagem preparada para o Dia Mundial das Missões, o Papa disse: "A oferta coletada será destinada ao fundo central de solidariedade a ser distribuído pela Obra da Propagação da Fé, em nome do Papa, às Missões e missionários de todo o mundo."

Os diretores nacionais das POM decidem, em votação, pela melhor utilização desses recursos, considerando as maiores necessidades. Depois os subsídios são distribuídos a projetos da Missão pelo mundo afora.

Origem do Dia Mundial das Missões

Em 1922 foi eleito Papa o Cardeal Arcebispo de Milão (Itália) Achille Ratti, que tomou o nome de Pio XI (1922-1939). Seu ardor missionário era conhecido de todos, e esperava-se dele grande impulso para a Missão. Logo em 1922, constituiu as Pontifícias Obras Missionárias, recomendando-as como instrumento principal e oficial da Cooperação Missionária de toda a Igreja. Estimulou a criação de novas Missões e ordenou os primeiros bispos indianos (1923) e chineses (1926). No Ano Santo de 1925, abriu no Vaticano uma Exposição Missionária Mundial e, no ano seguinte (1926), publicou uma Encíclica sobre as Missões, Rerum Ecclesiae, na qual reafirmava a importância dos objetivos missionários programados no início do seu pontificado.

A ideia de um Dia das Missões em esfera mundial nasceu no Círculo Missionário do Seminário Arquidiocesano de Sássari (Sardenha, Itália). De 14 a 16 de maio de 1925, o Círculo Missionário organizou um tríduo missionário, com a participação do arcebispo, que suscitou muita animação. No ano seguinte, de 17 a 20 de março de 1926, repetiu-se a celebração. Na ocasião, chegou de Roma Mons. Luigi Drago, Secretário da Sagrada Congregação de Propaganda Fide (atual Congregação para a Evangelização dos Povos, do Vaticano). Os seminaristas pediram-lhe que propusesse ao Papa Pio XI a celebração de um Dia todo dedicado às Missões, como se fazia na Universidade do Sagrado Coração. Mons. Drago prometeu que falaria com o Papa a respeito. E, de Roma, mandou dizer que o Papa havia enviado uma resposta ao pedido: "Esta é uma inspiração que vem do céu."

De fato, no final de março de 1926, realizou-se a Plenária do Conselho Superior Geral da Obra, já Pontifícia, da Propagação da Fé. Naquela ocasião, decidiu-se pedir oficialmente ao Papa Pio XI "a instituição em todo o mundo católico de um Dia de oração e de ofertas em prol da propagação da Fé". Em 14 de abril de 1926, a Congregação dos Ritos comunicava que o Santo Padre havia concedido o pedido. Seria celebrado anualmente no penúltimo domingo do mês de outubro.

Uns anos antes, Pio XI fizera um gesto surpreendente e profético: na Solenidade de Pentecostes de 1922, interrompeu sua homilia e, em meio a impressionante silêncio, tomou seu solidéu, fazendo-o passar entre a multidão de bispos, presbíteros e fiéis na Basílica de São Pedro, no Vaticano, enquanto pedia a toda a Igreja ajuda para as Missões.

O primeiro Dia Mundial das Missões foi celebrado em 1927.2 Em 19 de outubro de 1985, o Papa João Pau­lo II lembrava a origem do Dia Mundial das Missões, falando aos fiéis da Igreja de Sássari, durante sua viagem pastoral à Sardenha.

Fundamento da Missão

A ação missionária é essencial para a comunidade cristã. Pelo Batismo, todo cristão é chamado a reunir-se em comunhão ao redor de Cristo e participar da sua Missão, com o testemunho de vida, o anúncio do Evangelho, a criação das Igrejas locais com o esforço para se inculturar, o diálogo inter-religioso, a formação das consciências para atuarem as orientações da doutrina social cristã, a proximidade aos últimos e o serviço concreto de assistência aos necessitados. A origem, o método e a finalidade da evangelização é o próprio mistério trinitário. A iniciativa de Deus antecipa, acompanha e leva a bom termo a ação missionária. Deus é o Protagonista.

Missão "ad gentes" Reconhecendo a urgência da Missão, o Papa João Paulo II declarou a atualidade da Missão "ad gentes" (de primeiro anúncio) e sinalizou profeticamente os frutos: "Vejo o alvorecer de uma nova época missionária, que se tornará dia radiante e rico de frutos, se todos os cristãos, e especialmente os missionários e as Igrejas jovens, responderem com generosidade e santidade aos apelos e desafios do nosso tempo" (RMi 92).

Os fatos confirmam a verdade de que "a fé compartilhada revigora-se": "Multiplicaram-se as Igrejas locais que possuem bispos, clero e pessoal apostólico próprios. Constata-se uma inserção mais profunda das comunidades cristãs na vida dos povos. A comunhão entre as Igrejas tem levado a um dinâmico intercâmbio de bens espirituais e de dons. A ação evangelizadora dos leigos está mudando a vida eclesial. As Igrejas particulares estão se abrindo ao encontro, ao diálogo e à colaboração com os membros de outras Igrejas cristãs e outras religiões. Sobretudo, afirma-se uma nova consciência: ou seja, de que a Missão diz respeito a todos os cristãos, a todas as dioceses e paróquias, às instituições e associações eclesiais" (RMi 2).

Cooperação missionária

O envio da Igreja "ad gentes" (além-fronteiras, para o primeiro anúncio) supõe a colaboração de todos os cristãos: "Como o Pai me enviou, também eu vos envio" (Jo 20,21). "A participação das comunidades eclesiais e de cada um dos fiéis na realização deste projeto divino chama-se cooperação missionária. Para promover esta cooperação, a Congregação para a Evangelização dos Povos serve-se especialmente das Pontifícias Obras Missionárias" (cf. Cooperatio Missionalis, n° 2).

A este respeito, disse o Papa Paulo VI, na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 1972: "A cinquenta anos da elevação a Pontifícias das Obras Missionárias, queremos testemunhar a elas o nosso muito especial afeto, nossa profunda gratidão pelos serviços prestados à Santa Sé e à Igreja inteira, e proclamá-las novamente como o principal instrumento da Santa Sé e do Episcopado no campo da cooperação missionária, porque, como disse o Concílio, 'constituem igualmente meios tanto para infundir nos católicos, desde a mais tenra idade, um espírito verdadeiramente universal e missionário, como para fomentar uma adequada coleta de subsídios em favor de todas as Missões e conforme as necessidades de cada uma' (Ad Gentes Divinitus, 38). No mais, a respeito destas Obras, a nós tão caras, já na nossa primeira mensagem para o Dia Mundial das Missões de 1963, dizíamos que 'embora não excluam outras iniciativas de ajuda para as Missões e para fins particulares, superam evidentemente todas as outras obras, enquanto direta e mais completa expressão da solicitude do Supremo Pastor do rebanho de Deus para com todas as Igrejas'".

Na Cam­panha Mis­sionária, os corações dos que contribuem alargam-se na solidariedade com irmãos e irmãs de comunidades empobrecidas de regiões do nosso país e, especialmente, de outros países. Trata-se de viver, testemunhar e, sempre que possível, anunciar o amor de Jesus Cristo com ações e palavras, que ajude a libertar-se do sofrimento, da injustiça, da exploração, da opressão, à luz do Evangelho.

No Brasil, a Campanha Missionária pode ser mais generosa: muito já recebemos, podemos agora "dar de nossa pobreza" (Puebla, 368). Para isto é necessário organizar a Campanha e fazer chegar a todos o apelo à solidariedade mundial.

A Campanha Missio­nária é a ocasião especial para despertar a consciência de que a Missão faz parte da vida da Igreja, a qual "é, por sua natureza, missionária" (Ad Gentes, 2). O Dia Mundial das Missões é a ocasião de especial cooperação pessoal e comunitária para a ação missionária da Igreja universal. Nas palavras do Papa João Paulo II, este Dia "ensina como contribuir: como oferta feita a Deus, na Celebração Eucarística, e por todas as Missões do mundo" (cf. Redemptoris Missio 81).


Fonte: http://www.pom.org.br/sim/310/campanha.html
 



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ensinando os Mandamentos

Buscando sempre uma forma mais lúdica e simples para chegar até as crianças, encontrei na internet este material que ajuda a passar a mensagem sobre os Dez mandamentos:


Reunião Espiritual com Pais da Catequese (roteiro)

Tema: Família: Formadora de Valores Humanos

1- Oração Inicial

Canto: Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui (bis)



Para louvar e agradecer , bendizer adorar, estamos aqui Senhor, ao seu dispor (bis)



Todos: Amém.




D.: Estamos hoje reunidos para uma reflexão sobre a Família como formadora de valores humanos e cristãos.



Peçamos a presença do Espírito Santo para que ajude nossas famílias a realizar esta missão .

Cantemos:


Quero mergulhar nas profundezas do Espírito de Deus



E descobrir suas riquezas em meu coração (bis)



É tão lindo, tão simples.



Brisa leve tão suave doce Espírito Santo de Deus...



Tão suave brisa leve doce Espírito Santo de Deus...




D.: O Senhor é nosso Deus! Ele tudo vê e tudo sabe. Conhece nossas qualidades e as nossas fraquezas. Vê nossas alegrias e nossas tristezas. Foi Ele mesmo quem disse: “... onde estiverem dois ou mais reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles...” (Mt 18,20)



Todos: Senhor estais aqui em nosso meio. Queremos que conduza nossa reunião. Queremos que este encontro convosco seja força e luz para nossa caminhada e crescimento para uma vida nova. Amém.





2- Para conversar (Ver)



D.: Define nosso papa: “ a essência da família e seus deveres são definidos pelo amor. E por isso que a família recebe a missão de guardar, de revelar e de comunicar o amor, reflexo vivo e participação real do amor de Deus para com a humanidade e do amor de Cristo Senhor para com a sua igreja, sua Esposa” (familiaris Consortio, 17).



Mas de algumas décadas para cá , os valores do matrimônio e da família sofreram muitos ataques, que causaram graves danos no plano humano, social e religioso. Existem muitos valores que precisam ser descobertos e redescobertos..O próprio matrimônio e a família, em si, devem ser vistos como valores fundamentais para o ser humano.

A partir de sua experiência de pai ou mãe, avô , tia , irmão, através de conversas, meios de comunicação, de comparações, gostaríamos que algumas pessoas respondessem em voz alta estas perguntas:

Como você vê a importância do matrimônio e da família para a sociedade?



Quais ameaças e dificuldades concretas vêm sofrendo nossas famílias e o matrimônio em nossa comunidade?



Como andam nossas famílias?




3- Palavra Iluminada (Julgar)

D.: Vamos abrir nosso coração e acolher a palavra de Deus que ilumina nossa vida, Cantando:



Escuta, Israel ! Javé teu Deus quer falar! (2X)) Fala , Senhor Javé, Israel quer te escutar (2X)



Evangelho Lc 2,41-52


— O Senhor esteja convosco!
Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Lucas.
Glória a vós, Senhor!
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:

— "Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura".

Jesus respondeu:

— "Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?"

Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.
Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.

E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

- Reflexão

Família - Oficina do amor – Santuário da vida - Comunidade de pessoas – escola da fé – Igreja doméstica




4- Oração Comunitária



Padre: Faremos agora nossas orações de pedido e agradecimento e a toda oração responderemos:



Todos: Senhor atendei a nossa prece.



- Por cada família aqui presente, que possam realizar com amor sua missão sua missão de formadora de valores humanos e cristãos, Rezemos.

- Pelas famílias em crise de nossa comunidade, Que Deus as ajude a reencontrar o caminho do amor, da paz, do diálogo e da fé, Rezemos.

- Pelas crianças de nossa catequese que recebam de seus pais a herança da fé e da confiança em Deus , Rezemos.

- Pelos nossos catequistas que sejam abençoados e iluminados pelo Espírito Santo em sua missão. Rezemos.

- Que todos nós possamos ser promotores e exemplos de valores na sociedade, através de nossas atitudes de amor e respeito. Rezemos.





Padre: Acolhei Senhor nossas preces confiantes, pois sois o Pai da grande família humana. Vós que instituístes a família e nos confiastes esta missão de promover valores humanos e cristãos, fortalecei nossas famílias no amor, na fé, na paz e na caridade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém



Padre: Depois da nossa reflexão, vamos todos nos comprometer com nossa família , diante de Deus:



Todos: Comprometemo-nos como família, Igreja doméstica, santuário de vida, patrimônio da humanidade, tesouro dos povos, a dar mais espaço para o Encontro com Cristo na oração, alimentando nos pela Palavra e Eucaristia, e a cuidar cada vez melhor da educação integral de nossos filhos.




5- Benção

Todos : Ó Deus de infinito amor e bondade / sois comunhão na Trindade / Não sendo solitário e criando-nos a vossa imagem e semelhança / deste-nos a família como fonte e realização / Dai-nos o vosso Espírito / Que ele nos renove e dê vigor / para vivenciarmos nossos compromissos familiares com fidelidade/ Proporcionai-nos uma verdadeiro Encontro com Cristo / Vosso Filho amado. Então faremos Dele / nosso hóspede querido em nossa casa, / e já experimentaremos / aqui na terra / as alegrias do céu / Amém.







Canto Final



Que nenhuma família comece em qualquer de repente



Que nenhuma família termine por falta de amor



Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente



E que nada no mundo separe um casal sonhador!







Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte



Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois



Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte



Que eles vivam do ontem, do hoje, e em função de um depois!







Que a família comece e termine sabendo onde vai



E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai



Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor



E que os filhos conheçam a força que brota do amor!







Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!



Abençoa, Senhor, a minha também (bis)







Que marido e mulher tenham força de amar sem medida



Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão



Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida



Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!







Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos!



Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois!



Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho,



seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!







Que a família comece e termine sabendo onde vai



E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai



Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor



E que os filhos conheçam a força que brota do amor!







Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!



Abençoa, Senhor, a minha também (bis)

 
* Roteiro elaborado pela Coordenadora da Catequese da Rainha - Ilza Morelli

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quando a missa se torna uma obrigação…

Sua voz parecia me pedir socorro…

Religião é uma forma de religar. Religa partes, une pontas e diminui distâncias. O sacramento está sempre unido a um símbolo justamente por isso, pois ele é uma forma de concretizar a natureza da religião. Ele é a parte humana que se estende em direção a Deus com o intuito de tocá-lo e experimentá-lo. O símbolo é uma forma de prazer e o sacramento também, pois nele o sacrifício está redimensionado, já tem cores de ressurreição.

A pergunta

O menino chegou e perguntou-me: “Padre, eu sou obrigado ir à missa?”. Olhei seus olhos e percebi uma honestidade na questão formulada. Junto da honestidade, havia uma ansiedade que lhe impedia o sorriso. No rosto, não havia alegria. Estava tomado de uma certeza de que a liturgia católica, para ele, estava longe de ser um acontecimento que lhe extraia gratuidade. Era uma obrigação a ser cumprida.

Sua voz parecia me pedir socorro, feito escravo com sua carta de alforria em mãos, a me pedir assinatura.

Naquele momento, fiquei sem palavras. Senti o coração apertado no peito e o desejo de nada responder. Reportei-me à Escritura Sagrada e senti-me como o próprio Abraão, diante do questionamento de Isaac: “Pai, onde está a vítima do sacrifício?” (Gn 22, 7). Pergunta que não tem resposta. Pergunta cheia de ansiedade, de silêncio, de motivos, honesta e plena de razões.

Olhei-o com muita firmeza e resolvi desafiá-lo: “É obrigado visitar alguém a quem se ama?”. Ele disse: “Não, não é não, padre”. Seguiu-se o silêncio. Calou-se ele, e eu também.

A pergunta que não cala

Algumas horas depois, retomei sua pergunta e fiquei pensando nela. Coloquei-me a pensar na religião que se apresenta ao coração humano como obrigação a se cumprir, feito mochila pesada que se leva nas costas.

Fico pensando no quanto a obrigação pode se opor ao prazer. E o quanto é contraditório fazer a religião ser o local da obrigação. Na expressão: “Deus é amor” definição que João nos apresenta em sua carta, está a declaração da gratuidade de Deus.

Deus é o próprio ato de amar. Ele é o amor acontecendo, e a liturgia é a atualização dessa verdade na vida das pessoas. Ir à missa é tomar posse da parte que nos cabe.

Tudo o que ali se celebra e se realiza tem o único objetivo de nos lembrar que há um Deus que se importa conosco, que nos ama e quer nos ver mais de perto. O sacramento nos aproxima de Deus.

Tudo bem, essa é a Teologia, mas e a vida, corresponde à verdade teológica?

Nem sempre. Nosso rito, por vezes, cansa mais do que descansa. É lamentável que a declaração de amor de Deus por nós tenha se tornado uma obrigação.

Sou obrigado a ouvir alguém dizer que me ama?

Se muita gente pensa assim, é porque não temos conseguido “amorizar” a celebração. Racionalizamos o recado de Deus e o reduzimos a uma informação fria e calculada. Dizemos: “Deus nos ama!”, da mesma forma como informamos: “A cantina estará funcionando depois da missa!”.

A resposta que responde perguntando

Pudera eu ter uma solução! Ou quem sabe uma resposta que aliviasse os corações que se sentem obrigados a conhecer o amor de Deus, como o coração daquele menino. Talvez, o teu coração também já tenha experimentado essa angústia e essa ansiedade. Gostaria de saber restituir o sabor lúdico das celebrações católicas. Torná-las acontecimentos reveladores, palavras para não serem esquecidas e imagens que despertassem o coração humano para o desejo de descansar ali todas as questões existenciais que o perturbam. O problema não está no conteúdo do que celebramos, mas, sim, na forma. A natureza simbólica da vida é o lugar do encanto. Por isso, a celebração é cheia de símbolos. Mas o símbolo, se explicado, deixa de ser símbolo, perde a graça e deixa de comunicar. Talvez seja isso o que tem acontecido conosco. Na ansiedade de sermos eficientes, tornamos a celebração um local de comunicar recados. Falamos, falamos, de maneira ansiosa, cansada e repetitiva. Temos que falar algo, pois também o padre tem a sua obrigação!

E assim vamos celebrando, obrigando o coração e os sentidos a uma espécie de ritual que nos alivia a consciência, mas não nos alivia a existência.

A missa é muito mais do que uma obrigação: é um encontro. Encontro de partes que se amam e se complementam. É só abrir os olhos e perceber!

Creio que possa ser diferente.

Pe. Fábio de Melo

Fonte: http://blog.cancaonova.com/vocacional/2008/08/22/quando-a-missa-se-torna-uma-obrigacao/

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mês da Bíblia - 2010


Texto-base – CNBB

Jonas: Conversão e missão – Levanta-te e vai à grande cidade (Jn 1,2)


Quem nunca ouviu falar no profeta Jonas que foi engolido por um grande peixe? Mas seria esse episódio o que há de mais importante nesse livro bíblico? Em que esse fato seria relevante para a fé dos judeus e para fé cristã hoje? As respostas a estas perguntas dependem de um estudo atento do texto bíblico dentro de seu contexto histórico, somente assim é possível descobrir traços que indiquem o perfil de quem o escreveu, a época de seu surgimento e, seus destinatários imediatos. Com esses dados, a mensagem de Jonas se mostrará atual para o século XXI.

1. O Autor

Numa leitura superficial do texto bíblico, o leitor contemporâneo pode cometer o equívoco de pensar que o autor desse livro tenha sido um profeta nacionalista de Israel do Norte, chamado Jonas, filho de Amitai, que viveu durante o reinado de Jeroboão II, por volta de 790-750 a.C., mencionado em 2Rs 14,25 e em Jn 1,1. Não é raro encontrar leituras fundamentalistas da Bíblia que tendem a concluir que o autor do livro de Jonas tenha sido aquele profeta do século VIII a.C.

Alguns aspectos do livro de Jonas, contudo, nos levam a concluir que a obra não poderia ter sido escrita no tempo de Jeroboão II, como veremos a seguir. Mas, se o livro não é do século VIII a.C. e se o autor não é o profeta Jonas, por que o texto se inicia com a seguinte indicação: “Veio à palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai...” (Jn 1,1)?

O autor usa um recurso literário chamado de pseudonímia. Ele não está interessado em destacar a autoria do livro, nem em focalizar sua identidade. Isso era muito comum naquela cultura. Os autores dos livros bíblicos geralmente não assinam suas obras porque acreditam que estão apenas representando a fé e a experiência de um povo do qual são membros, ou seja, eles não falam em nome próprio e com seus escritos querem apenas trazer os filhos de Israel de volta para a aliança firmada com Deus.

O autor do livro permanece anônimo e usa como pseudônimo o antigo profeta Jonas, filho de Amitai, porque esse recurso o ajuda a divulgar melhor sua mensagem. Não sabemos quem escreveu o livro de Jonas, mas podemos fazer um perfil de sua personalidade a partir do texto bíblico. É alguém com mente aberta, como diríamos hoje, para ele todas as pessoas são alvos do amor e da misericórdia de Deus. É uma pessoa bem humorada que usa o recurso da ironia para convencer os judeus nacionalistas de sua época da inconsistência da postura exclusivista que considerava apenas o judeu como merecedor do amor de Deus.

2. A época

Para ter uma idéia sobre a época em que esse livro foi escrito, alguns aspectos devem ser considerados. Em primeiro lugar não é possível que seja do século VIII a.C., quando viveu o profeta nacionalista Jonas filho de Amitai, pois o texto hebraico emprega expressões conhecidas só muito tempo depois do reinado de Jeroboão II. Afirmar que o livro de Jonas foi escrito no século VIII a.C. seria algo semelhante a dizer que um dos modernos escritores brasileiros teria vivido no tempo de Dom João VI. O hebraico sofreu modificações ao longo da história, como acontece a qualquer idioma.

Outro aspecto a ser levado em conta é que o livro de Jonas contém expressões em aramaico, idioma oficial dos judeus durante o domínio persa (538-333 a.C.), mas que não era falado por eles antes do exílio da Babilônia (587-538 a.C.). Portanto, o livro tem que ser posterior ao século VI a.C.

Em Jn 1,9 encontra-se a expressão “Deus dos céus que fez o mar e a terra”. Isso indica um período tardio da teologia de Israel. Em épocas mais antigas era comum falar no Deus libertador, destacando as características de guerreiro, que fez aliança com Israel considerado seu único povo dentre todas as nações.

Esses e outros aspectos levam à conclusão que o livro de Jonas foi escrito após o período de Esdras e Neemias quando a maioria dos judeus, depois de sofrer a dominação de vários impérios estrangeiros, havia desenvolvido forte espírito de exclusivismo e de particularismo e não queria uma aproximação com outros povos e muito menos exercer a vocação missionária de fazer o Deus de Israel ser conhecido e amado pelas demais nações.

Como o livro de Jonas faz parte do bloco dos doze profetas, mencionado em Eclo (Sir) 49,10-12, ele não pode ter sido escrito depois do ano 170 a.C, possível época do surgimento do Eclesiástico. Por isso a maioria dos estudiosos está de acordo que o livro de Jonas data provavelmente do final do século V a.C, ou início do século IV a.C.

3. A obra

O autor do livro de Jonas, unindo o recurso da pseudonímia ao da ironia, escreve um conto edificante que termina com uma lição dada por Deus ao protagonista. O conto edificante é um gênero literário muito conhecido entre os mestres judeus e, nesse caso específico, podemos classificá-lo como um midraxe hagadá, ou seja, uma narrativa que interpreta um texto bíblico à luz de um contexto histórico posterior.

O autor do livro de Jonas, ao ler 2Rs 14,25s quatro séculos depois, se pergunta como o Deus de Israel poderia conceder uma profecia de coisas boas para o Reino do Norte no tempo de Jeroboão II se o povo daquela época era desleal e tinha um rei que persistia em todos os pecados dos seus antecessores. A teologia que estava em voga, no tempo em que 2Rs foi escrito, considerava o relacionamento de Deus com o ser humano regido pela bipolaridade justiça-bênção e injustiça-castigo. Nessa visão mecanicista da vida e das relações se supunha que as ações humanas desencadeariam bem estar geral ou má sorte, conforme agradasse ou desagradasse a Deus. Era pensar comum que o futuro do ser humano dependeria da submissão a essa ordem da qual nem Deus poderia fugir. Esse tipo de pensamento foi nomeado pelos estudiosos como Teologia da Retribuição, o melhor seria designá-la por ideologia da retribuição.

Sendo assim, como é possível que a passagem de 2Rs 14,25s, marcada pelas concepções de retribuição, poderia relatar uma profecia de prosperidade para um reino infiel à aliança com Deus? Se tal era possível ao Reino de Israel não seria possível às demais nações? Então o autor do livro de Jonas pensa em usar aquele profeta nacionalista de quatro séculos atrás para profetizar a misericórdia de Deus aos inimigos que haviam destruído Samaria, capital de Israel, em 722 a.C. Não podemos deixar de perceber a ironia contida aqui: o Jonas histórico (2Rs 14,25) profetiza a prosperidade e a expansão do Reino do Norte e o Jonas personagem do conto edificante tem que profetizar a favor dos habitantes da cidade de Nínive destruidores de Samaria, capital do reino do Norte.

A ironia também está presente no significado do nome do protagonista. Jonas em hebraico é Yonah e significa “pomba”, ave conhecida como símbolo da paz e das boas relações entre Deus e o ser humano, haja vista a pomba com o ramo de oliveira como sinal do fim do dilúvio. O profeta Oséias comparou com uma pomba os deportados de Israel do Norte para a Assíria quando assegurou que Deus os traria de volta apesar da inclinação deles a desviar-se da palavra do Senhor (Os 11,7-11). A palavra Yonah, além disso, deriva da raiz do verbo Yanah que significa chorar, reclamar, lamentar. Então o nosso protagonista Jonas deveria ser sinal de paz, mas se mostra como uma pessoa intransigente que reclama de tudo ao longo da narrativa, com nítida inclinação para a desobediência à palavra de Deus.

Ao ser questionado sobre sua identidade, Jonas afirma que é hebreu e adora o Deus criador do mar e da terra. A fé no Deus criador traz como conseqüência o reconhecimento de seu amor por todos os povos. Dessa maneira, Jonas afirmou que a autoridade de seu Deus não está limitada a um território determinado, mas tinha domínio universal. Com isso se vê a ironia da situação de Jonas: crer que Deus domina sobre o mar e a terra e, ao mesmo tempo, está fugindo de sua presença.

Os termos Israel, profeta e profecia não aparecem nem uma vez no livro de Jonas. Isso mostra que não se trata de um de um livro profético. E qual contexto histórico estaria sendo interpretado nesse bem humorado conto? A pista nos é dada no final do livro, na lição que Jonas é forçado a receber: a misericórdia de Deus está sobre todos os povos e sobre toda criatura. Se a maioria das pessoas não sabe disso é porque falta quem lhes anuncie essa boa-notícia. O autor do livro de Jonas viveu em uma época marcada por reformas radicais nacionalistas desde Esdras e Neemias, basta conferir os capítulos nove e dez do livro de Esdras e a ordem para que os judeus se divorciassem das esposas estrangeiras e expulsassem os filhos nascidos desses casamentos mistos. Veja também Ne 13,23–28.

Ao lado dessa tendência nacionalista exacerbada caminhava uma tendência universalista que considerava o estrangeiro como filho de Deus. Defensores dessa tendência são os textos de Is 40–55 e o livro de Rute, entre outros. O autor do livro de Jonas empresta sua voz à teologia universalista para defender o direito de Deus amar a todos, sem fazer acepção de pessoa. Para criticar a tendência nacionalista o autor faz o personagem Jonas preferir morrer a aceitar o amor de Deus para com os estrangeiros. Na linguagem de hoje diríamos que o livro de Jonas foi escrito para animar os judeus a assumir sua responsabilidade missionária para com as outras nações, nesse sentido, esse escrito é um precursor do mandato missionário do evangelho.

4. Evangelizar é preciso, converter-se é urgente

O livro se inicia como muitos livros proféticos afirmando que a palavra de Deus veio a... (Os 1,1; Jl 1,1; Mq 1,1; Sf 1,1; Ag 1,1; Zc 1,1). Com isso se estabelece um convite ao leitor para se identificar com o protagonista e se tornar um canal para que a palavra de Deus chegue a todos os povos. Lendo o livro atentamente se chega à conclusão que Deus é diretor do drama, ele está no controle de tudo, está determinado a fazer sua misericórdia chegar aos ninivitas. Ele prepara (em hebraico, manah) um peixe (2,1), uma mamoneira (4,6), um verme (4,7), um vento oriental (4,8). E Jonas não consegue mudar o roteiro ou projeto divino. Deus começa e termina o livro, a sua palavra é soberana e não volta a ele sem que se torne efetiva e produza o fruto almejado (Is 55, 11).

A missão de Jonas é precisa: tem que anunciar aos habitantes da grande cidade de Nínive que sua iniqüidade subiu até Deus. Isso consiste numa parusiaconforme se procedia em antigos reinos. O termo grego parusia significava a visita do rei a uma região distante da sede do governo para resolver certos problemas administrativos como o abuso de autoridade dos governantes e a prática da iniqüidade por parte destes. O aviso de que o rei está sabendo da iniqüidade, dava tempo aos culpados para mudar de conduta como também deixava os oprimidos cheios de esperança que o rei lhes fizesse justiça. Nesse sentido, o que Jonas deve anunciar é a parusia do verdadeiro rei do universo sobre um vassalo, o rei de Nínive. De nenhuma forma se trata de um veredicto definitivo do juiz, mas de um aviso para que haja oportunidade de mudança de atitude por parte dos que estão praticando o erro. Não é uma condenação, mas uma boa-notícia o que Jonas deve anunciar.

O mandato missionário consiste em três imperativos: levanta-te, vai, proclama (Jn 1,2; 3,2). O termo chave é o verbo hebraico qara' que significa proclamar ou gritar. Esse termo aparece sete vezes nesse livro: três vezes se diz qara'(proclama) a Nínive; três vezes se diz qara' (clama) a Deus e uma vez se afirmaqara' (proclama) um jejum. A proclamação do jejum faz a ligação entre proclamar a Nínive e clamar a Deus. O mesmo termo aparece no salmo do capítulo dois (Jn 2,3), mas trata-se de um acréscimo bem posterior.

Apesar de não haver, em nenhuma parte do livro de Jonas, uma palavra vinda de Deus para condenar Nínive, é isto que o missionário anuncia: “Dentro de quarenta dias Nínive será destruída!” (Jn 3,4). Por que o missionário diria isso se a palavra de Deus foi outra (Jn 1,2)? Ora, segundo a ideologia da retribuição, se Deus sabia da iniqüidade de Nínive deduzia-se que ele a destruiria como castigo pelos pecados. O termo hebraico haphak significa a total destruição de uma cidade e é usada na Bíblia somente para se referir a Sodoma e a Gomorra (Gn 19,29). Jonas anunciou uma conseqüência lógica de suas concepções teológicas. Por esse motivo o livro de Jonas chama à conversão, não apenas os ouvintes, mas primeiramente o missionário.

De fato, Jonas é, de todos os personagens desse livro, o que mais precisa de conversão. Ele pode ser definido como o desobediente. Aos três imperativos da missão (levanta-te, vai, proclama, Jn 1,2; 3,2) Jonas age em sentido contrário:desce (1,3), foge (1,3), dorme (1,5). Os estrangeiros, tanto os marinheiros quanto os ninivitas, foram mais religiosos, e até o mar, o peixe, a planta, o verme, o vento oriental, todos submetem-se à vontade de Deus. Jonas, ao contrário, mesmo quando parece ser obediente não o é de fato, pois anuncia a mensagem em apenas um dia, quando se levaria três dias para atravessar a cidade. E proclama um conteúdo diferente daquele que lhe foi indicado.

Apesar de tudo os ninivitas creram em Deus (Jn 3,5), o termo hebraico usado é'aman, o mesmo usado para descrever a fé de Abraão (Gn 15,6), isso significa que eles depositaram toda a sua confiança em Deus, mesmo tendo recebido uma mensagem de condenação. O que não fariam, então, se tivessem recebido a boa-nova? Também os marinheiros estrangeiros adoraram o Deus de Israel (Jn 1,14-17), apesar de Jonas ter preferido ser lançado ao mar que falar-lhes sobre a misericórdia do Senhor. O grande problema do livro de Jonas, a maior dificuldade é a conversão do missionário e não a dos iníquos e dos idólatras.

A conversão dos ninivitas começou com o povo e depois chegou ao rei, o qual expediu um decreto de penitência geral, incluindo também os animais (Jt 4,9-10) para mostrar que a criação inteira é afetada pelos nossos pecados. A reação do rei de Nínive foi muito distinta do procedimento dos reis de Israel que poucas vezes consideraram a exortação dos profetas. Assim como os marinheiros, o rei confiou na misericórdia de Deus, mesmo sem que Jonas a mencionasse em nenhum momento. E Jonas sabia que Deus é misericordioso, isso faz parte da fé de Israel (Ex 34,6).

Para demonstrar seu arrependimento sincero os ninivitas se uniram, desde os da mais alta classe social até os mais humildes, na busca da misericórdia de Deus. Para mostrar isso empregaram os símbolos da época: fizeram um jejum e vestiram-se de panos de saco (Jn 3,5). Esse costume era empregado em momentos de tristeza (2Sm 3,31; Jr 6,26), de luto (Est 4, 1-3), de arrependimento (Ne 9,1; Jó 42,6) e de humilhação (Dn 9,3-5).

Esses gestos externos eram expressões de uma mudança radical de atitude. Cada um deveria deixar o seu mau caminho (Jn 3,8-10), ou seja, o estilo de vida caracterizado pelo pecado e pela violência. O verbo arrepender-se, em hebraicoshuv, significa uma mudança radical, uma volta de 180 graus. Consiste em deixar um estilo de vida fundado na iniqüidade por uma vida nova com perspectivas totalmente diferentes.

Mas a resposta de Deus à conversão dos ninivitas desagradou totalmente a Jonas, deixando-o profundamente irritado. Isto o fez revelar o objetivo da tentativa de fuga; não fora por medo da violência dos ninivitas nem por receio do desconhecido, como poderíamos supor. Para surpresa do leitor, Jonas diz que fugiu porque Deus é misericordioso, lento para a cólera e não faria mal a Nínive (Jn 4,2). Jonas não queria ser mensageiro de Deus porque assim evitaria que os ninivitas usufruíssem da misericórdia divina. Mas já que não conseguiu fugir dessa tarefa, agora preferia morrer a ver a salvação daqueles que considerava ímpios.

À revelia disso, o Senhor do céu e da terra ama a totalidade da criação. Essa é uma afirmação revolucionária para a maioria dos judeus contemporâneos do autor do livro de Jonas, pois se o Deus de Israel cuida de todos os seres, povos e nações, qual o lugar de Israel como povo da aliança? Hoje diríamos: qual o privilégio de ser cristão, se Deus ama os ateus, os membros de outras religiões e até mesmo aqueles que maculam sua imagem com o ódio? Isso significa que o povo de Deus deve investir na salvação dos iníquos e não na destruição deles. Os opressores, os violentos, os ímpios conhecerão a misericórdia e a redenção que vem de Deus através dos missionários de boas notícias.

O livro de Jonas termina bruscamente como é próprio desse gênero literário. Com isso permite ao leitor de cada geração fazer uma autocrítica e responder à pergunta do Senhor, confrontando-se com as atitudes de Jonas, dos marinheiros e dos ninivitas. Quem nunca desejou o desaparecimento definitivo do opressor ou do malvado? Quem se sente confortável em saber que “a misericórdia triunfa sobre o julgamento” (Tg 2,13)? O amor e a misericórdia de Deus se estendem a cada pessoa e deseja a conversão de todos.

O final do livro mostra o contraste entre Jonas e Deus: um deseja a morte, o outro, a vida; um quer a destruição, o outro, a salvação. O livro inteiro é uma exortação à conversão e à misericórdia, ambas são indesejáveis a Jonas e ele necessita das duas. O livro desafia o cristão atual, herdeiro da vocação de Israel, a deixar-se corrigir pela Palavra inspirada, santa e perfeita, útil para exortar e para “discernir os propósitos do coração” (Hb 4,12).

Texto: Aila Luzia Pinheiro de Andrade

Fonte: CNBB

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Aos visitantes



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Sejam todos bem-vindos!!!

A inocência



Uma menininha, diariamente, vai e volta andando para a sua escola. Apesar do mau tempo daquela manhã e de nuvens estarem se formando, ela fez seu caminho diário para a escola. Com o passar do tempo, os ventos aumentaram e junto os raios e trovões. A mãe pensou que sua filhinha poderia ter muito medo no caminho de volta pois ela mesma estava assustada com os raios e trovões.
 
Preocupada, a mãe rapidamente entrou em seu carro e dirigiu pelo caminho em direção à escola.
 

Logo ela avistou sua filhinha andando, mas, a cada relâmpago, a criança parava, olhava para cima e sorria.

Outro e outro trovão e, após cada um, ela parava, olhava para cima e sorria!
 
Finalmente, a menininha entrou no carro e a mãe curiosa foi logo perguntando:
 
-"O que você estava fazendo?"

A garotinha respondeu:

-"Sorrindo! Deus não pára de tirar fotos minhas!!"


Seja feliz e tenha uma ótima Sexta Feira !

Deixemos que toda inocência floresça em nossos corações para podermos ver a bela e real felicidade que está nos momentos de simplicidade...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uma música sobre a Palavra de Deus!

TODA BÍBLIA É COMUNICAÇÃO

Toda Bíblia é comunicação
de um Deus-Amor, de um Deus-irmão.
É feliz quem crê na Revelação,
quem tem Deus no coração.

1. Jesus Cristo é a Palavra,
pura imagem de Deus Pai.
Ele é vida e Verdade,
a suprema Caridade.

2. Os profetas sempre mostram
a vontade do Senhor.
Precisamos ser profetas
para o mundo ser melhor.

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Essa música lembra a minha infância, época em que fui Coroinha, saudades de um tempo muito bom que Deus me reservou!

Mês da Bíblia

Chegou o mês de setembro e com ele as coisas boas vão aflorando! É tempo de reviver a Palavra de Deus neste mês totalmente dedicado à ela, é tempo de flores, está chegando a primavera. É tempo de agradecer ao Pai por tudo que Ele nos deixou neste mundo tão bonito, que nós teimamos em deixar feio!

Vamos falar com Deus, através da leitura orante da Bíblia Sagrada. Para aqueles que acham alguns livros difíceis, então comece pelo "Atos dos Apóstolos", pois é daí em diante que começa "a Igreja de Pedro", nos moldes que seguimos hoje. Depois você poderá ler os outros livros da Bíblia e verá que serão de mais fácil entendimento.

Para os pequeninos, vale usar as Bíblias ilustradas, que trazem a Palavra de Deus de forma lúdica e interessante, despertando nas crianças o amor por Deus Pai.

Algumas indicações de Bíblias que uso com as crianças são: